Entre o abismo e o mundo
De um lado a coisa é cientifica, do outro é divina, e no meio é a doce tarefa de ser.
Diria alguém ao tom de brincadeira, do mesmo modo que uma criança:
- Quero apenas ser, e ser o que quiser.
E é por isso que, ser criança, na sua doce entrega, sem saber, é ser só o que se é; -O agora! Que muitas das vezes chora, sendo simples, inacabada e entregue ao velho balançar do mundo.
-Mas então o que somos?
Responderia alguém com segurança, hoje somos divinos, amanhã estamos nas tarefas praticas do mundo, em seguida somos uma vida, da vida, dos instantes. E como neste instante do agora, somos as memórias e o pensar.
Após dizer, e antes de mais nada, também somos um corpo, atirado ao natural, daquele que compartilha o meio, que segue acorrentado sendo, "na corrente do meio e aparentando ser a continuidade de algo"
Terminados na confusão do mundo que nos opera, algo sussurra na alma destes corpos, como numa doce intenção infantil que se espelha o mais próximo do que se conhece, determinada, a alma faz comparações, e após dedicar seu tempo a fazer cálculos no mundo moderno, infere: "porque diabo pensamos?" para que? Que tipo de consciência é essa senão a prática de ser, parte do meio, peso de uma medida que se deve a se chamar razão, que se une as decisões simples da vida.
Hoje temos nomes para ser, normas, certos caminhos, certezas, questões, e no meio, uma confusão que ora é santa e ora é fruto da prática ou questão da ciência.
Assim o homem se assemelha, com certas razões retamente, e após respiração numa pausa , normalmente diz: De duas vias que se dão, esquerda, direita, céu e terra, bom e mau, atento disperso, dormindo acordado,etc.., afirmar neste mundo, são simples escolhas que fazemos como certa, reta. E compreender o tempo, assim como pensamos, é ser simplesmente, algo que se atualiza no tempo, como um novo ser determinado.