Vagamente, em vagalhões
Meu querer é bipolar
Vai do lago aos vagalhões
Do querer sereno
A turbulentas paixões
Da inerte paciência
À lúcida demência
Da flama, ao inverno
Um doce amargor
Uma poesia feito em prosa
De alturas vertiginosas
A profundos poços do imo
Eu autorizo,
Mas vem sem licença
Nem vem com frequência
Vagamente, mas em vagalhões