A JANELA

A JANELA

*Gilda Pinheiro de Campos*

ME DEBRUÇO NA JANELA PELAS MADRUGADAS

COMO SEMPRE FAZIA

QUANDO NÃO CHEGAVAS

NO DIA E HORA COMBINADOS...

A LUA, SEMPRE ELA,

DE LONGE ME OBSERVAVA

TRISTE E CHOROSA COM A AUSENCIA TUA...

AS ESTRELAS COMPANHEIRAS DESSA AGONIA,

PISCAVAM PARA ME CONSOLAR...

HOJE JÁ NÃO EXISTE CONSOLO...

SEI QUE NÃO VOLTAS MAIS,

ESSA É A REALIDADE...

TUA REPENTINA PARTIDA ME PEGOU DE SURPRESA...

A OUTRO PAIS, FOSTES VIVER,

SÓ, BEM SEI,

MAS ESSA DISTANCIA

ACABA COM QUALQUER SONHO OU PROJETO...

SOBREVIVO, CLARO,

MAS TRISTE COMO HOJE...

QUE CHEGO NA JANELA E VEJO

A AMADA LUA CHEIA E BRILHANTE...

ENTÃO FECHO OS OLHOS,

RECORDO NOSSOS ENCONTROS, NOSSO AMOR...

PROMESSAS, CARINHO, PAIXÃO...

AO FUNDO A MÚSICA QUE TANTO NOS EMBALOU...

QUANDO TERMINA, ABRO OS OLHOS,

FECHO A JANELA, VOLTO A REALIDADE...

BUSCO FORÇAS PARA ENCARAR

A REALIDADE, O TRABALHO, A VIDA...

ATÉ O PRÓXIMO ENCONTRO MEU AMOR...

TENHO SAUDADES....

MUITAS SAUDADES...

Voz

By

Kondor

A quem agradeço a companhia...

em 16/06/2014

às 9:54a.m.