Delírios de um Apaixonado
Não que eu seja totalmente mentiroso, tampouco totalmente verdadeiro... Também não digo que isso irá fazer algum mal, muito menos que fará de todo um bem...
Algumas dúvidas que ainda existem em mim me deixam um tanto quanto vulnerável e não há o que me fortaleça se não omitir esses pontos! Expô-los-ei quando julgar coerente, talvez até necessário! São pontos íntimos, às vezes cegos, às vezes certos... Quem é que vai saber? Afinal, será que enxergo toda a verdade em você? Só Deus sabe e eu quero saber, ou não... Amar em vão? Pra que? Você me diz sobre todo amor que existe em você, diz que me ama, diz que me quer, me leva pra cama, é minha mulher. Será verdade ou só teatro? Fiel como um cão, ou como um gato? Tudo pode girar em torno de interesses, interessados, interessantes e desocupados. Se estou certo, vou me acertando, mas se me perco, estou errado!
Ó, vida cruel! São tantas incoerências que quando algo segue a linha, a gente desacredita, se ilude com o pés no chão, não entrega o coração! Eeee vida gostosa! Te arranco um sorriso e você fica toda prosa, toda meiga, pede carinho, um mimo, um beijo e eu me sinto sozinho... Sinto como se eu nem estivesse ali, como se nada tivesse acontecido... Me sinto um louco, estranho, desconhecido... Me sinto em algum lugar que ainda não havia visitado. Entusiasmado, mas perdido, assustado!
Pensando bem, acho que já sei!
Sabe aquele beijo que me deu, no corredor escuro, quando já não havia mais ninguém por lá?
Pois é! Foi exatamente aquele beijo que me fez apaixonar!
Gente apaixonada parece louca, insana... Será que só parece?
Essas horas as lembranças da infância me atacam e aí eu lembro:
Nunca fui normal!
Walter Vieira da Rocha
15 de junho de 2014