Intérprete da paz
Na estrada
Se há uma fenda
Camarada amigo
Não te rendas
Subestima o perigo
Saúda a vida
Guardiã de tuas manhãs.
Tudo migra a prumo
Rumo a outro cais
A centena de nós daqui
E só o tempo feraz
É senhor de nós
E intérprete da paz.
Não proclames fracasso
Se as águas estão turvas
A esperança filtra o cansaço
Toda vitória carece de curvas
E a paciência faz o homem de aço.
Não percamos o ontem
Nem abortemos o hoje
Sob a orla da Lei do Saber
Reguemos o agora
E busquemos a Fonte
Na foz da aurora
Pois somos o alforje
E a voz do verbo Viver.
Autor: Edmilson Silva
Joaquim Nabuco-PE
25.06.2005