Águia...
Na boca um sabor insulso,
Por quanto tempo se sentira assim, não sabe... Tateia a procura de si, encontra um vulto desconhecido diante do espelho...
Arremessou ao longe os sonhos, intermitentes, cegavam a alma. Exposta nua assim, observa lentamente, e a realidade aí refletida é triste de se ver... Desaba a exaurir compadecida a pena de si...
Por quanto tempo permanecera ali, minutos, horas, séculos...
A consciência...
Um despertar diferente e a lucidez!
Sente-se renovada, tristeza enterrada,
Penas arrancadas... Sangrara...
Do alto penhasco vislumbrara a vida ali escondida,
Uma espera infinita...
Finalmente, novas asas,
Liberdade,
Voar outra vez...
Novos ares, nova terra,
Felicidade...