O Velho E O Moço II
Havia um moço sentado neste banco
Lhe juro que havia
Era um moço com olhos de mar
Que gostava de sentar cá
Para escrever poesia
Tão cheio de vida e alegria
O moço chegava
Seus poemas ele lia
E meu dia iluminava
Ainda me lembro
O que seus versos diziam:
Acenda a chama da vida
Que o seu coração é tocha
Não é gelo
Nem rocha
É selva - o seu coração -
Pois ouço o canto dos pássaros
O rugido do leão
São raios de sol
E por alguns momentos é Deus
Já que ama
Ame com todo seu coração
Pois o amor não tem contraindicação
É uma doença sem cura
E é a cura de todas as doenças
É o maior enigma da ciência
Pois é a vida e a morte ao mesmo tempo...
Havia um moço sentado neste banco
Que se chamava Guilherme
Que escrevia poesias
Que nasceu em 1987 como eu
Mas era muito diferente de mim...