O Velho E O Moço II

Havia um moço sentado neste banco

Lhe juro que havia

Era um moço com olhos de mar

Que gostava de sentar cá

Para escrever poesia

Tão cheio de vida e alegria

O moço chegava

Seus poemas ele lia

E meu dia iluminava

Ainda me lembro

O que seus versos diziam:

Acenda a chama da vida

Que o seu coração é tocha

Não é gelo

Nem rocha

É selva - o seu coração -

Pois ouço o canto dos pássaros

O rugido do leão

São raios de sol

E por alguns momentos é Deus

Já que ama

Ame com todo seu coração

Pois o amor não tem contraindicação

É uma doença sem cura

E é a cura de todas as doenças

É o maior enigma da ciência

Pois é a vida e a morte ao mesmo tempo...

Havia um moço sentado neste banco

Que se chamava Guilherme

Que escrevia poesias

Que nasceu em 1987 como eu

Mas era muito diferente de mim...

Guilherme Sodré
Enviado por Guilherme Sodré em 07/06/2014
Reeditado em 07/06/2014
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