Chagas do Passado

Sem fé em Deus, o homem, perante, é e sempre será insuficiente.

Mas

aquém cujo destino ao desdém provém massacrado, ainda resguardo, porém,

a minha fé pequenina.

Não por Deus, é claro, mas em meio ao que o destino me lançou praguejado.

Por isso não posso e não aconselho,

destinar nada daquilo que escrevo, porque parte de mim está ali,

exposta

como chagas das mendicâncias, muitas vezes açoitada pela penumbra incompleta das sobras

e que ficou prostrado na minha existência como sangue que seca ao chão.

Mas não só isso, mas em meio a isso, venho conservar desse passado de inexistência,

como forma de apelo e referência, para que eu ainda possa agarrar nem que seja por um último fio de esperança

e que dele eu possa nutrir um futuro de novos valores e conservar minha subsistência.

"Porque a mim

a vida não teve clemência".

Mas ainda que pequenina, pondero, amém, que a esperança não está morta, pois todos os dias e pra toda eternidade,

detenho, que a fé, é quem guia novos caminhos.

Poesia Tofilliana
Enviado por Poesia Tofilliana em 07/06/2014
Reeditado em 07/06/2014
Código do texto: T4835419
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