POR ONDE ANDARÁ O AMOR?

Andei pelas ruas da cidade à procura de eventos que respondessem “por onde andará o amor”? passei por marquises de lojas e lá estavam mendigos doentes. Vi transeuntes que os olhavam com nojo: o amor por ali não estava.

Andei por estradas desertas e vi crianças que furavam os olhos de pássaros e depois os soltavam, para ver o que lhes acontecia: o amor por ali não passava.

Andei pelos hospitais e vi doentes no chão, sem leitos para descansar. Alguns por ali morriam: o amor por ali não estava.

Andei pela capital e vi nos jornais políticos corruptos que se valiam dos cargos para enriquecer: por ali o amor nem passava.

Andei, andei, andei e entrei numa igreja. Era hora da prece. O padre e o pastor lembravam que “deus” queria o dízimo e ajuda para suas obras (o meu Deus nada pede): por ali penso que o amor não andava.

Num dormindo à tarde eu vi um homem que retirava o seu cobertor porque o seu cão tremia de frio. Depois vi uma criança que trazia um pedaço de pão e oferecia a um velho faminto. Ele dizia: ”não precisa”, e ela insistia: “fique”.

Percebi que o amor desinteressado ainda não morrera. Que alguns entendiam o que era o amor ao próximo.

Neste momento acreditei que o amor não morreu. Ele só precisa ser cultivado feito flores num jardim e quando se dá amor ele é capaz de se multiplicar infinitamente em nossas vidas...

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05.06.14

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 05/06/2014
Código do texto: T4833114
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