CAMINHOS MIL
Ver minha gata “Naná”, ‘escalando’ uma parede de concreto para escapar da cachorrinha Chica, é imaginar-me a escalar montanhas, tibetanas ou mineiras, que ao céu me levam.
Montanhas tão distintas e céu tão distante.
Quero, como Naná, a vida escalar, se do alto tiver de saltar, sem proteção, receio não haverá, pois busco o céu e não me importa, quantas vezes, tenho de lá tentar chegar.
Quero o mundo desequilibrado para tentar equilibrá-lo, sem a pretensão de algo maior ser.
Quero os sonhos de escalar montanhas sem que proteção haja.
Quero... Quero tanto ao mundo subir e ao céu atingir que quase penso, quem sabe, um dos caminhos, poderia ser a morte a ele levar-me.
Mas à morte escolheria com apenas uma condição, a de vida continuar ter, um Brahman, cuja face tudo rege na busca divina do Atman.
Quero outra dimensão, se soubesse voltar em forma de Atman, caso essa seja, realmente, a única forma de iluminar-me e voltar à busca da perfeição.
Em meu karma, quero escolher meu próprio destino, escalando montanhas, para quem sabe, meu dharma seguir, na esperança de meu Nirvana atingir. Libertando-me assim de meus egoísmos, de meus ódios e de minha perturbação.
Minha gata Naná, leve-me ao topo da montanha, pois creio que meu destino é lá...
Brahma – imanente e transcende, o Eu ou Ser profundo;
Atman – a alma individual;
Karma - a liberdade de escolha de nosso próprio destino, é a continuação da vida anterior;
Dharma – caminho a seguir, a lei universal que reger o universo;
Nirvana - a meta aspirara pelos budistas.