A contenda da alma
Chegará logo, não tenho dúvidas.
Há, à minha frente um quadro empolgante,
Dois homens que lutam por um alvorecer de paz
Um fraco resiste ao temporal cortante
Um outro, forte aos olhos dos fracos vence constante
Uma batalha comum aos viventes sem alma
Uma contenda sem fim e sem calma
Quando sem medo os dois não se cansam
Não sabem do vento nem da flor da esperança
É triste o desfecho do homem mortal
Que brada aos ventos um fim natural
A morte não chega, seus olhos não vêem
A sorte do dia a noite atrasou
Acordado descansa no dorso da dor.
Evan do Carmo