A contenda da alma

Chegará logo, não tenho dúvidas.

Há, à minha frente um quadro empolgante,

Dois homens que lutam por um alvorecer de paz

Um fraco resiste ao temporal cortante

Um outro, forte aos olhos dos fracos vence constante

Uma batalha comum aos viventes sem alma

Uma contenda sem fim e sem calma

Quando sem medo os dois não se cansam

Não sabem do vento nem da flor da esperança

É triste o desfecho do homem mortal

Que brada aos ventos um fim natural

A morte não chega, seus olhos não vêem

A sorte do dia a noite atrasou

Acordado descansa no dorso da dor.

Evan do Carmo

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 11/05/2007
Reeditado em 01/02/2008
Código do texto: T482871