Se eu andar

Andei, andei, andei...

Por este mundo sem fim

E procurei, procurei, procurei...

Uma filha como você.

Queria eu poder andar muito mais

E poder encontrar você.

Mas que adianta eu andar!

Se eu andar, andar, andar...,

Nunca vou te encontrar,

Nunca encontraria outra filha,

A Natália que eu conheci,

A Natália que carreguei em meus braços,

Que peguei no colo

Que vi nascer, crescer e chorar,

Que ensinei dar os primeiros passos,

A primeira palavra "papai" que

Eu ouvi você falar.

O primeiro brinquedo,

As duas chupetas que tinha em sua mão,

Quando dormia, uma na boca,

Outra no nariz,

Posso andar onde eu quiser,

Nunca vou encontrar a Natália

Minha filha, linda e delicada,

Mas quando com doze anos

Já um pouco brava,

Ah! Família “Alcântara”,

Essa braveza sua, onde vai parar!

Posso ir para Londres, Paris e Bagdá,

Posso eu ir para todos os lugares,

Tenho certeza que não vou te encontrar.

Posso ir para Lua, Marte ou Saturno,

Posso te procurar por anos

Por todo o universo,

Não vou te encontrar,

Hoje é moça,

Vivemos distante, e nunca mais viverei.

Os dias de sua infância, juntos, mais uma vez.

Autor: Ava

15/09/2001

AVALCANTARA
Enviado por AVALCANTARA em 29/05/2014
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