Ele procura algo ou alguém no salão de baile.
Às vezes,
ele olha por além da porta,
procurando o passado que se foi,
ou quem sabe anseia,
pelo par que nem veio ainda!
Enigmático,
ele conversa no palco,
dedilhando os cabelos da amada,
ora no violão ora na guitarra.
Olhos fitos no infinito,
canta dores e amores perdidos,
encontrados e daqueles futilmente desperdiçados.
Sua voz serve de pano de fundo
para os casais enamorados,
que se enlaçam emaranhados.
Enquanto uns aplaudem,
outros dançam e há aqueles que se vão desistidos.
No cenário,
no vai e vem da dança,
há mensagens em código,
entre os olhos do cantor e da poeta.
Ambos amam a música e a poesia.
Magnetismo.