Além das vidraças
Ao primeiro olhar da manhã, o encantamento.
Afasto a cortina da janela
E por entre as vidraças
Assisto a um espetáculo deslumbrante.
Nuvens mágicas assumem formas diferentes
Num ceu de estonteante azul.
Qual criança deslumbrada
Vejo naquelas nuvens
O que a imaginação alcança.
Para orquestrar o cenário encantador
Um gorjeio de pardais na sua sinfonia matinal
Entre os beirais e os fios da rede elétrica.
Até a respiração adormecida na cama ao lado
Parece acompanhar o compasso
Do chilrear dos passarinhos.
No aconchegante jardim,
Borboletas amarelas esvoaçam na papoula alaranjada
E um minúsculo beija-flor verde brilhante
Patriotiza-se com a papoula amarela.
Por alguns instantes um silêncio inesperado
Como se o maestro vento
Determinasse uma pausa na orquestra
Para que uma brisa leve
Despertasse as verdes folhas do jardim.
E nesse desviar do pensamento,
Como por encanto,
Termina o show no firmamento.
Recolhem-se as mágicas nuvens brancas
E um cortinado azul-celeste fecha o palco.
Silencia a orquestra de pardais
Entrando em cena os artistas da vida real.
Um segundo despertar
Afasta-me da magia e do encantamento
Inserindo-me na roda-viva do cotidiano
Trazendo uma breve frustração
Que logo se esvai
Pois sei que amanhã, ao despertar,
Por traz da cortina e além das vidraças
Haverá, de novo, um paraíso para contemplar.
Ao primeiro olhar da manhã, o encantamento.
Afasto a cortina da janela
E por entre as vidraças
Assisto a um espetáculo deslumbrante.
Nuvens mágicas assumem formas diferentes
Num ceu de estonteante azul.
Qual criança deslumbrada
Vejo naquelas nuvens
O que a imaginação alcança.
Para orquestrar o cenário encantador
Um gorjeio de pardais na sua sinfonia matinal
Entre os beirais e os fios da rede elétrica.
Até a respiração adormecida na cama ao lado
Parece acompanhar o compasso
Do chilrear dos passarinhos.
No aconchegante jardim,
Borboletas amarelas esvoaçam na papoula alaranjada
E um minúsculo beija-flor verde brilhante
Patriotiza-se com a papoula amarela.
Por alguns instantes um silêncio inesperado
Como se o maestro vento
Determinasse uma pausa na orquestra
Para que uma brisa leve
Despertasse as verdes folhas do jardim.
E nesse desviar do pensamento,
Como por encanto,
Termina o show no firmamento.
Recolhem-se as mágicas nuvens brancas
E um cortinado azul-celeste fecha o palco.
Silencia a orquestra de pardais
Entrando em cena os artistas da vida real.
Um segundo despertar
Afasta-me da magia e do encantamento
Inserindo-me na roda-viva do cotidiano
Trazendo uma breve frustração
Que logo se esvai
Pois sei que amanhã, ao despertar,
Por traz da cortina e além das vidraças
Haverá, de novo, um paraíso para contemplar.