RUMO A FELICIDADE.


Lá fora uma densa neblina.
Aqui dentro , eterna noite  predomina
Caminho solitária, pelas calçadas, nova-iorquinas,
Esperando que as trevas  se dissolvam,
Paro em um bar, fico indecisa entre um café,
Ou uma vitamina.
Alguém se aproxima, toca meu ombro.
Que sina a minha!
Volto meu rosto  e vejo um vulto,
Bem atrás da cortina.
Será um fantasma? Uma alma penada?
Que sina a minha!
Toca o celular vou verificar
Número  restrito.
Quem será? Alguém a me espreitar?
Sento na praça e me pego a solfejar,
Depois as lágrimas rolam, irrigando o paladar.
Pego a caneta  e na agenda escrevo:
Hoje não é meu dia de rir, mas posso mudar.
Quero gargalhar as tristezas 
Degustar as belezas que meus olhos veem
Quero me amar a partir de hoje  de modo singular.
Quero vomitar as dores que engoli sem desejar
Quero viver plenamente, 
Germinar novas  sementes,
De atitudes, ações,  de beleza  ascendente.
Valorizar cada pedaço meu,
Impresso  nesta carne, feita de alma itinerante,
Sem temer , seguir o meu caminho, só.
Em direção aquele luz,
A que todos chamam de happiness.