RETROSPECTO
Cada mente conduz um retrospecto,
Nada alem do que antes registrou,
Quando muito alguém algo acrescentou,
A um acervo de caráter pessoal,
Sendo o homem diferente do animal,
Reproduz depois dos feitos sua réplica,
Mas nem sempre este fato é colossal,
A depender das amarguras tão diletas,
Geralmente temos algo alvissareiro,
Para lembrarmos dos remotos devaneios,
Maluquices de crianças em recreios,
E as vontades adolescentes já com freios,
Ao juntarmos isto tudo num balaio,
Temos filme para fazer um longa e meio,
Mas ficamos apenas com as saudades,
Daqueles tempos que transformaram-se,
Em aperreios pois a vida sempre toma outro rumo,
E nunca mais nos refazemos sem bloqueios,
Pois as pressões invadem o nosso ser.
Ficando apenas as lembranças como recreio.