NUVENS - A Rosa das Oliveiras

NO INÍCIO DA MADRUGADA DE 26 DE MAIO DE 2014

TEXTO DE 25 DE FEVEREIRO DE 2008

Há uma infinidade de modos de nuvem e de cada uma delas tomar conta do céu.

Há momentos em que se ausentam completamente, para se juntarem todas em algum outro céu. Quando isto ocorre, o azul se torna tão completo em nosso próprio céu que este se une ao mar, em mergulho de total amor. O banhista na água mergulha o seu corpo na orgia de pureza, fazendo-se um com o azul.

Há momentos em que as nuvens tomam conta de tudo e o azul desaparece. Resta o branco incomensurável, o branco infinito dos começos. O banhista mergulhado nas águas olha para o alto e se dissolve no branco primordial.

As nuvens nunca param nem se fixam numa forma, migrantes em metamorfose perpétua. O olhar do banhista segue o seu percurso e também vai se deixando metamorfosear em formas brancas, de infância, de sonho, de liberdade.

Abraço grande, amiga

REPUBLICAÇÃO