Caos
O cão olhava para a casa
Ninguém olhava para o ladrão
O vigia não fazia a vigília
E ninguém cuidava da família
O motorista mantinha-se parado
E o operário não se via ocupado
A rua não tinha teto
E da rua se via o sol
O dono e o empregado desafetos
Ninguém voltava para casa
O voto em nada se embasa
Qem escolheu o príncipe
Também escolheu o ladrão
Ningém sabe quem é o vigia
Ninguém sabe quem é o vilão
O cão pelo faro desconfia
Que ninguém está guardando a rua
Onde dorme o operário, e não sua
Na fábrica, ociosa e vazia
Ninguém chegava não
Por quê?
Pergunte ao ladrão