Noturnos de Chopin
Inspirado em "Intimidades"
da querida Poetiza: Arana do Cerrado
Noturnos de Chopin
Mergulhas na Poesia e naufraga, afunda e volta à tona. Torna a ir ao fundo dos mares e volta a respirar, para nos deixar respirar antes de naufragar e chegar ao cais dos Teus Versos. Jogo à âncora e fico deitado no convés de um navio sem porto.
Num silêncio de morte e aborto, voo. Crio asas costurando espinhos de hastes de flores murchas e secas, na vastidão dos caminhos de todas as estradas e horizontes, onde encontro estrelas.
O espectro de sombras que teimam em fincar os pés em pregos na cama, tornar-se-ão anjos se olharmos pela janela e ver a imensidão nos olhos do mundo.
Escrever derrete a parafina da vela, como já disseste e sonhar faz parte dos planos de voo.
Acordar é o infinito cotidiano dos dias... Adormecer, o rescaldo de mãos e pés descalços, cansados pela lisura dos tempos que se vão...Que vão e não voltam mais...
A saudade, mata aos poucos, feito um pescoço preso à forca, se força para jogar-se. Como se o corpo se movimentasse em uma cadeira de balanço. A carne é fraca, mas o espírito forte, sobressai das labaredas. Somos vulcões e precisamos entender nossas erupções. A lava em vez de cair, sobe... As vezes, nessa vermelhidão que lembra os olhos esbugalhados da natureza, depois da tempestade, assustada com trovões.
Rios de lágrimas, rolam diante das Orações e meus pulmões cansados, ainda clamam por um último suspiro, como se a vida estivesse atravessando por um caminho sem fim, mas sempre existe o horizonte no infinito, para que novas alegrias venham refletidas e iluminadas por Noturnos de Chopin.
Tony Bahi@.
Nota:
Perdoem-me se as visitas não tem sido tão assíduas como sempre foram, mas a pintura da "OCA", transformou-se num Tsunami.
Beijo em todos os amigos e amigas, carinho e saudades...tony.