CHUVA - A Simplesmente Romântica
NA MANHÃ DE 19 DE MAIO DE 2014
Texto escrito em 1998.
Ao olhar para o céu, as asas estendidas do enorme pássaro cinzento não souberam me informar claramente se iam para longe ou se voavam em minha direção.
Quando, mais tarde, o enorme pássaro cinzento possa ter desabado sobre aquele lugar, encharcando veículos, ruas, calçadas, pessoas, plantas, insetos e os bichos maiores, eu não estava mais lá.
E porque eu estava bem longe dali quando o enorme pássaro cinzento dissolveu suas pesadíssimas asas sobre tudo o que é estático e sobre tudo o que é passageiro eu, que já não era passageira naquele lugar, só pude guardar-me a imagem de um enorme pássaro cinzento com as asas estendidas, asas que não nos souberam informar se iriam para longe ou se voavam em nossa direção.
Abraço grande, amiga.
REPUBLICAÇÃO.
19/05/2014 14:12 - Simplesmente Romântica
Ah Zuleica, sua prosa linda, em minha homenagem, transportou-me e eu faço para você um pouquinho de interação.../// Quando a chuva caiu, outro pássaro, o de raios dourados, já me havia transportado para outro lugar. Sou pássaro também, e não me firmo, estou sempre à procura de novas sensações, novos caminhos, novos horizontes, mas daquela chuva pude sentir na alma o cheirinho. Ela molhou todos, e, de saudade perfumou meu inconstante coração.../// Muito obrigada, amiga. Deus lhe dê muita paz no coração.
Que bom você ter gostado, querida.