SINA

No meu semblante, vislumbro:

meus medos, minhas frustrações e temores.

Vejo a vida se esvaindo

saindo, como sangue em dique

estando eu a um clique, talvez

de minha solidez...

(Não estanco, nem líquido nem verve).

O lampejo do meu olho me confunde

não somente pelo brilho.

Mas me transfere pra minha ilusão

minha solidão...

Meu insólito mundo?

Íntimo reduto incolor

que transcende minha mente.

As horas conspiram-se

me impelem ao esquecimento...

Porém ainda não me vejo débil

e nem mortiço...

Minhas veias ainda latejam

e prometem atividade.

Não sei

se mente ou corpo

se aura ou carma

se cura ou ferida

se morte ou vida...

... somente da sina sei.

(Publicada no site: www.unawebradio.blogspot.com.br)