Ainda vivo.
No eco dos gritos ensurdecedores dos meus pesadelos,
As criaturas da noite saem pra dançar,
Meu corpo rejuvenesce e a vida me devolve a vontade de explorar o desconhecido,
Os acordes distorcidos afinam a cada passo ao encontro do invisível,
Escuto risos e vozes de antigos que esperam o momento do renascimento, em êxtase me encontro no meio de lugar nenhum e ao mesmo tempo familiar por razões que não lembro.
Alguém eufórico canta canções de heróis mortos, frases de mortos em bocas de impuros sem fidelidade nenhuma aos santos da putaria.
A excitação por curvas de corpos estranhos revive a vontade de me entregar ao banquete transitório da luxuria.
Sinto a reviravolta de um espírito jovem preso em um corpo envelhecido.
Agora não existe amanhã...não lembro o caminho percorrido...só respiro.