AS SEMPRE-VIVAS - A Beth Lucchesi

Na manhã de 14 de maio de 2014

Texto escrito em 20 de outubro de 2008

Penso numa edelweiss lá no meio da neve, tão alta, tão longe e me lembro das sempre-vivas tão singelas e me comovo com as florezinhas do campo livremente expostas ao olhar de quem passa, quase sempre sem olhar de ver.

Olho para o céu de um azul de milhões de anos, o mesmo azul desde o tempo dos nossos ancestrais primeiros. Ah, eu me lembro, não há em mim qualquer poder de esquecimento.

As coisas mudam o tempo todo; as coisas não mudam nunca. Tão profundo o sofrimento pela mudança, tão grato o sentimento da permanência! Momentos dolorosos em que se perdem todos os sentidos da vida; momentos de luz em que se respira a abolição de cada um dos limites, o ar da eternidade.

Abraço grande, amiga.

REPUBLICAÇÃO.