Daquela semente brotou uma árvore,
que deu frutos e fazia o seu ciclo.
Entretanto cortaram-lhe o tronco,
aproveitando de todo seu corpo,
com móveis, moradia, barco, lápis.
Num canto da caserna,
dentre alaridos,
num guardanapo alguém fazia rabiscos,
quem sabe numa tentativa de rima.
Algumas daquelas folhas,
ficaram fadadas ao esquecimento
ou foram coladas no mural amarelado.
Um dos guardanapos se libertou,
voou céu e mar,
depois deitou nas mãos de infantes.
Dali virou pipa, leque, avião, origami.
Exaustos os meninos se foram,
um papel cansado, dormiu amassado.
Era uma carta de amor aquela,
um manuscrito perdido do Poeta Rilke.
Coisa sem importância na época.
Quisera eu,
ter sentido o cheiro da missiva
e ter compactuado com palavras,
que ninguém ainda me disse!
que deu frutos e fazia o seu ciclo.
Entretanto cortaram-lhe o tronco,
aproveitando de todo seu corpo,
com móveis, moradia, barco, lápis.
Num canto da caserna,
dentre alaridos,
num guardanapo alguém fazia rabiscos,
quem sabe numa tentativa de rima.
Algumas daquelas folhas,
ficaram fadadas ao esquecimento
ou foram coladas no mural amarelado.
Um dos guardanapos se libertou,
voou céu e mar,
depois deitou nas mãos de infantes.
Dali virou pipa, leque, avião, origami.
Exaustos os meninos se foram,
um papel cansado, dormiu amassado.
Era uma carta de amor aquela,
um manuscrito perdido do Poeta Rilke.
Coisa sem importância na época.
Quisera eu,
ter sentido o cheiro da missiva
e ter compactuado com palavras,
que ninguém ainda me disse!