SAUDADE DE UM AMIGO
O tempo passa e o que sinto..., ninguém morre sozinho
Cada voz que silencia, cada olhar que perde o brilho
Leva consigo uma átomo de quem sonha junto.
Foi-se mais um fio, como rio que seca sem perder água.
As minhas referências despedem-se em silêncio, sem prantos,
Meus amigos são entes padecidos, falecidos pelos cantos.
São agora mantos que cobrem uma saudade escondida,
São heróis mortos pela guerra do tempo, ainda em tempo de partida
São lascas esquecidas que já foram ponto de encontro,
O tempo passa, essa senha maldita...
O passado está ao lado, tão perto quanto o presente,
Quanto custa mais uma alma ausente?
Custa todo o tempo que se fez calar,
Custa dizer que nunca mais estarei contigo,
Nunca mais ouvirei dizer que sou seu amigo.
humilde homenagem a Jair Rodrigues