* Se a morte significa o fim, o homem perde tempo olhando as estrelas. Alguns astros luminosos, dizem os cientistas, nem sequer mais existem.
Que dor! Enxergamos o brilho o qual já deixou de ofuscar.
Luz, estrelas, o olhar contemplativo, tudo sucumbirá.
 
Se a morte significa o fim, o homem perde tempo oferecendo flores. Ela, a formosa amada, desprezará a rosa perfumada, pois preferirá exercitar a tão triste ingratidão.
O calor do coração murchará tanto quanto a fascinante flor.
Perfume, beleza, carinho, afeto, flores, tudo sucumbirá.
 
Se a morte significa o fim, o homem perde tempo dormindo. O resto da vida, nesse instante, some, pois cada segundo passa sem devolução.
Por que sonhar enquanto podemos curtir as derradeiras ilusões?
Fantasias, oxigênio, respiração, sono, sonhos, tudo sucumbirá.
 
* Mas, se a morte não significa o fim, cada sonho é a doce preparação do porvir. Enfeitaremos a estrada acordados e, repousando, seguiremos jogando as pétalas as quais retornarão um dia, após o último suspiro, recomeço das maravilhas que Deus oferta hoje, amanhã, sempre.
 
Se a morte não significa o fim, a formosa amada beijará gentil a rosa, o romance o qual movimenta as veias do coração ganhará a máxima cor. Apaixonado eu vou prometer segui-la durante a jornada e quero recusar soltar a sua mão após o último suspiro, retomada da inesgotável beleza que Deus oferta hoje, amanhã, sempre.
 
Se a morte não significa o fim, as estrelas repetirão o brilho no infinito, voltando a preencher a emoção de seus admiradores, provando assim que o último suspiro somente confirmará a renovação da esperança, a certeza do amor realizado, o profundo encanto orquestrado por Quem o esplendor executa hoje, amanhã, sempre.
 
Deus, poesia, vida seduzirão
Estrelas, flores, sonhos continuarão
O homem jamais esquecerá de aplaudir
Hoje, amanhã, sempre
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 10/05/2014
Reeditado em 10/05/2014
Código do texto: T4800989
Classificação de conteúdo: seguro