Tião Preto e Zé Chatim
-Tião Preto meu amigo!
Não sou de conversa fiada,
Minha mãe curou meu umbigo,
Com sal, pimenta, mais nada.
Por isso fiquei valentão,
Mato onça na "porrada"
-Zé Chatim, você é fraco,
Não pode desafiar.
Eu só durmo num buraco,
Abraçado com um gambá.
Enquanto você planta o milho,
Está pronto o meu fubá.
-Tião Preto, outro dia!
Tirei da torneira, aguarrás,
Beijei sua mãe, sua tia,
E elas queriam mais.
Eu dei tiro no capeta,
E facada em satanás.
-Zé Chatim, história pouca!
Não comece apelar.
No lucifer, vesti touca,
Sequei as águas do mar.
Beijei sua mãe na boca,
E ela queria transar.
-Tião Preto, tu és bicha!
Te bato quando eu quiser.
Frito e como lagartixa,
Fiz metrô andar de ré.
Se você morrer agora,
Eu fico com sua mulher.
- Zé Chatim, deixa de prosa,
Isso vai dar confusão.
És pessoa carinhosa,
Me dê um aperto de mão.
Sou seu grande companheiro,
Eu te tenho como irmão.