ANTROPOFÁGICOS
Dentro dessas transgressões o embriagar dos olhos que se cheiram e se reconhecem na loucura, nessas carnes “teaga(sendo) “desejo de cura para o mal do século.
Eis que o mal do século é esse vazio imerso nos corpos dos que correm para algum caminho longe de si.
Nós corremos por atalhos encantados de sorrisos de gatos, sol espairecendo em árvores, doces de Alices e verbos inconjugáveis na boca.
Sim, saliva na boca as cores, a magia vivenciada no gole, no outro, no nosso. Aqui na Terra do Nunca tudo é Sempre , estamos nesse quadro em movimento,sem molduras, pendurado no céu, imaginamos ser nuvens. Voamos.
Além do profano o que há de sagrado é o sorriso corroendo os dedos, fortalecendo o abraço, erodindo o cálice desse vinho de mesa, o beijo é a hóstia sagrada.
Um pé de manga, cana-de-açúcar, goiabeira, Moraes e Raiz , tudo é um quintal regado de risos em lua luz, “o sol já raiou” avisa aos pássaros que as Filhas de Baby acordaram, que o café pode ser amargo, mas tem açúcar, que o banheiro tem gente, mas no muro tem bica, que não existe sofá, mas tem colos. Avisa, mas avisa mesmo que aqui tem amor.