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Encaro o calendário escolhido por Gregório. No dia do trabalhador, encontra-se um X marcado que parece um tanto quanto aleatório. Afinal, pra que marcar o já conhecido feriado?
Nenhuma outra marca encontro enquanto folheio o restante das páginas. Tento me lembrar se havia sido eu que havia rasbicado a consoante. A data era vagamente familiar. Encaro novamente sem entender como era possível não lembrar o que o dia tinha de importante.
O telefone toca e embaraça a linha de pensamento. Sigo o som caminhando para o horizonte quando a memória funciona e uma lembrança vem de relance. Era um aniversário: o dia do começo do nosso romance.