COMO UM POEMA
Castelos castanhos de frente pro mar. Assim eram os seus olhos, labirintos belos de imaginação. Eles traziam uma sinceridade que na cidade ela escondia. O silêncio doce era seu jeito de desabafar. E as ondas escutavam os seus desassossegos, sem nenhuma pressa. Havia uma tarde inteira ali pra que ela pensasse na vida. A vida bem que podia ser uma tarde inteira daquelas, com todas as cenas que o seu imaginário jogava no cenário de areia. O mundo era só dela. Ela, divagando na praia, era como um poema.