Apenas um olhar
Estou enclausurado em uma torre
Mas não contra a minha vontade.. Pelo contrário, foi necessário!
Troco de pele, deixei a velha e cansada pele para trás
Aos poucos vislumbrei a nova pele, e nova mas não reluz mais sob a luz do sol
A luz do sol como a outra pele...
Essa nova pele e grossa e ainda marcada pelos eventos passados..
Passados como os ventos
Divididos pelo rigoroso inverno que assolou as minhas terras.
Estava eu debruçado na janela da torre, olhando minhas marcas profundas
Deixadas.. Foram deixadas na minha nova pele...
Ouvi passos vindos perto da clareira!
Ouvi sim! Passos perto da clareira...
Meus sentidos estavam muito aguçados, pelo fato de ficar sozinho
Como de uma águia pescadora.. Ouvi então olhei,
Olhei com o meus sentidos...
E quando olhei, meu olhar de águia selvagem cruzaram- se..
Com um olhar diferente.. Um olhar de fogo,
Era uma pastora, não sei de onde veio... Não me pergunte pois não sei...
Como eu que vivo preso nesse lugar alto posso saber!?
E nem e essa a minha grande dúvida!
Onde veio essa mulher?
Ta na clareira..
A minha dúvida e o motivo que fez essa pastora me olhar tão fixamente
Parar com a sua vida e simplismente me olhar
Com um olhar brilhante, cheio de esperança.. Forte demais
Ela conseguiu me prender no olhar por uma questão que não sei
Aquele olhar era familiar para mim.. Acho que eu já tive
Esse instante estranhamente aqueceu meu coração...
Órgão que nem me lembrava que tinha, estava preocupado de me livrar
Me livrar da antiga pele... E o coração do instante aqueceu.
Estranho.. E ao mesmo tempo familiar
Será um sinal que eu devo descer dessa torre??
Em um instante que me desviei do olhar, a pastora se foi
Não sei porque desviei o olhar... Deve ter sido um pássaro que passou....
Passou aqui, na minha frente!
O que estava falando?
Ah! Como invejo o vôo desses pássaros azuis...
Tão leves que contornam o céu facilmente, olha!