Um gozo, uma satisfação; - Ação!

A abertura no mundo. O que vem a ser isso? -Venta! Então o mundo já é. Mas nós, crentes, o que queremos? carentes de tudo queremos nada, e carentes de nada queremos tudo. - Linguagem! Ação! O que são? quantas serão? A tonalidade do real, é isso que parece. E de posse disso, o que é o total? De um sonho chamado realidade, de uma realidade chamada racionalidade, nessa unidade onde somos iguais, diferentes, perdidos nesse nosso uno, que a modernidade tende a chamar de individualismo. Uma paixão estranha, um sonho inacabado, um querer vacilante e o peso da vida.

Da mesma forma que não podemos estar no mundo para falar dele, do total, também não podemos estar nele, (deste total) para simplesmente falar do mundo que é limitado a nós, particulares. Porque se fosse assim o que queremos? O que dizer deste todo que em suma é só nosso, solitário. Seria para dar sentido a existência? Ver companheiros em outras existências, galáxias, espaços atemporais, eternidade.

Viver nessas circunstâncias, como que aplicando regras uma atrás as outras, vezes insólitas, vezes vagas, vazias, e que nada dizem e que nada sabem sobre a realidade; O que é? E como se libertar desse dever de ser, simplesmente pelo fato de ser algo, dado a crença, ou naturalizado na missão? Senão na fé do divino, escravizado ao dar nomes definindo as coisas, numa tentativa determinada de moldar a vida; - Que dor!

Mas é certo que não podemos resolver esse problema da existência, pois não é, ele é; - Venta! E o vento só diz que venta. Mas ele também diz que são gases, e que é resultado de curvas e fendas, de espaço entre o horizonte, das necessidades naturais de posição, seja aqui ou no mundo, no universo, ou no verso, desse que criou a vida e diz; - Venta!

E o que dizer da tempestade, furacões, degelos, raios, vulcões; - Para! É demais. São muitos corações apaixonados e prontos a se cruzar por necessidade, do crido que criou o ciclo, do ciclo que os transformou em necessários, do todo, do uno, da vida que insistem a chamar de amor.

Do cruzar de astros que geram faísca, disso mesmo que chamamos de discórdia, de tudo que é, em conjunto, algo diz racionalidade, assim como na fé, assim como na comparação que define; -Tudo é, e tudo não se cansa, só da um tempo para vir de novo. - Goze!

Pingado
Enviado por Pingado em 26/04/2014
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