AMOR IMPERFEITO

Não. Eu não sei.

Não sei o que é aquilo lá fora.

Tão pouco o que é isso aqui dentro.

Não sei se é só um céu nublado...

Não sei se são meus pecados...

Não sei se é só a chuva que cai...

Não sei se é choro que se esvai...

Não sei se é só o frio que veio...

Não sei se é da alma um apelo...

Não sei se é aquele seu jeito...

Não sei se...

E já estou eu falando de você

(de novo)

De novo eu...

De novo você...

De novo nós...

Ou seria, nunca nós?

Está vendo?

Quebro as regras.

Quebro as rimas.

Quebro até a cara.

E isso já tá me saindo caro...

Isso já não tem mais jeito.

Isso é meu amor imperfeito.

Isso é saudade doída no peito.

Doída e já doida também...

E esse rodeio todo

só pra expressar: SAUDADE.

No fundo eu já sabia sim.

Só não queria expressar

de um jeito tão comum,

algo tão sublime em mim.

E acabei falhando...

Ah, era pra ter saído poesia,

mas saiu prosa.

Já nem me importa.

Pois era pra ter sido amor,

o que hoje, é só saudade...

É isso...