Vida

Ouço o sopro da vida
no silencio da noite.
Vida passada. Vida presente.
Vida futura.
Pensamento tropeça nas pedras
de um passado distante,
Labirinto de rostos, de frases.
Pretérito imperfeito do subjuntivo:
Se eu fizesse, se eu amasse, se eu doasse, se eu gritasse, se eu ouvisse.
Escondi a menina no túnel do tempo.
Seu riso ainda ecoa nos corredores do tempo.
O grito silencioso do presente que
implora:- Venha me resgatar anjo do passado.
Quero entrar neste túnel, quero pegar sua mão.
Quero fazer de novo a travessia do tempo e do espaço.
Presente do subjuntivo.
Que eu faça que eu ame que eu doe que eu grite que eu ouça.
Ouço o sopro da vida.
Porque a vida é isto. Apenas um sopro.
Um caminho sem placa de retorno.
Passagem de ida.
Seguir em frente ate o abismo do esquecimento.
Edamaria
Enviado por Edamaria em 21/04/2014
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