Ensinamentos Infinitos de um Mestre Eterno
Uma outra abordagem sobre a história mais contadas de todos os tempos

Ressurreição anunciada
Havia um silêncio dentro de outro silêncio nos lábios e pensamentos
Sofriam os amigos daquele grande amigo que agora jazia no domínio da morte
Ou estaria apenas descansando como costumava fazer?
Alguns deles somente esperavam, outros somente sentiam,
Cada um lidava com a perda e a separação da forma que aprendera
O sábado estava se arrastando, horas mórbidas, descanso sem vontade
Mandamento e devoção... Necessidade
 
Questões apareciam sob forma de dúvida e sob a forma da esperança
Os anjos estariam a guarda-lo, se Deus era, de guarda precisaria?
Sim, pois sob a morte cruel que sofrera, precisava de descanso
Como a passagem do Deus que era Homem e que voltava a ser Deus
 
As mulheres não puderam se conter, dor, espera, ansiedade
Precisavam voltar ao sepulcro, na boa tradição da visita
Não para velar um morto que não precisa
Mas para acalentar a separação sofrida da morte que dor trazia
E uma esperança ressurgia
 
No fim do sábado
As duas Marias
Foram ao túmulo…
 
Onde Jesus jazia.
 
Um terremoto
Seguido de trovão
Do céu aquele chão…
 
Trouxe um anjo.
 
Claro como um raio
Em vestes alvas como a neve
Removeu a pedra do sepulcro
 
Deixando os guardas paralisados.
 
O anjo disse a elas:
Jesus ali não mais estava
Ele já havia ressuscitado
 
Como Ele tinha dito.

Ressurreição confirmada
Com tudo que o amigo Jesus dissera se cumpria
O Sábado terminara e trazia, a esperança de uma nova era
Não era a paz que muitos desejavam, um rei que com a guerra apaziguasse
Mas um Rei-Mestre com ensinamentos de paz que a paz somente buscaria
 
Ele ressurgiu como prometeu, mas onde estaria?
Porque o vazio da morte agora de vida e vigor se preenchia
E lágrimas exultantes derramadas por elas ali e alhures
Anunciavam a felicidade da vitória sobre a dor da morte
 
Com euforia e alegria
Elas iam aos discípulos
Para avisar a sua vinda
 
E que na Galileia, Ele estaria.
 
Até que Ele surge
E saúda as Marias
Que em seus pés…
 
Elas o adoraram.
 
Os onze irmãos
Partiram à Galileia
Ao monte onde…
 
Jesus os esperava.
 
Encontro de amigos no passado
Ao encontro! Agitavam-se os amigos do Mestre
Céticos, fervorosos, na esperança do reencontro, tímidos, ansiosos
Havia chegado o momento que tanto aguardavam?
Era um Reino novo que agora se estabeleceria?
 
Mas o plano da bênção àquele século não se resumia
Pois se até entre os que seguiram Jesus havia dúvida
Como se pudesse haver dúvida alguma nos feitos daquele ser
 
Que fez cegos enxergarem, paralíticos caminharem, mortos ressuscitarem...
Vinho de água se formar, água de conhecimento a sede eterna saciar...
De pequenos pães e mirrados peixes, uma multidão inteira alimentar...
 
Assim a necessidade de muitos em jogo estaria
Se naquele instante presente o amor se encerrasse
Era preciso mostrar, a outras gerações, à outros povos, à outros...
Que o amor não era secular
 
E quando o viram
Alguns o adoraram
Outros o duvidaram
 
E, Jesus a eles disse:
 
É a mim dado
Todo o poder
Na terra e no céu
 
Portanto, em todas as nações
Farei discípulos, batizando-os
Em nome do Pai, e do filho e do Espírito Santo
 
Ensinando-os a preservação
De tudo que eu vos mandei
E eis que estou convosco…
 
Até a consumação dos séculos.
 
 
Novo encontro futuro
E que nos resta daquele ensinamento?
O que preservamos daquele exemplo de amor vivo e ressurreto?
O Deus que se fez homem morreu, mas o Homem que era Deus ressurgiu
Ensinou com amor até os que dele duvidaram
Nenhuma mágoa guardam de que ao vilipêndio da dor o açoitaram
 
Ensinou uma lição eterna aos que preservam suas palavras
Ensinamentos infinitos de um Mestre Eterno
 
Voltou para aqueles amigos e voltará para os novos amigos
Que aprenderam de sua paz e de seu amor
Que sem acepção de pessoas ensinou a nova forma de viver
Não apenas um caminho a seguir, um modelo sob o qual viver
Mas um ensaio nessa vida da vida que iremos viver
Não somente por uma geração, por muitas sim, infindáveis, ele disse
Pelos séculos eternos da eternidade