Noites

 


Sempre que chegava da escola, pela manhã... Encantava-se durante horas naquele enorme quintal da casa dos seus pais quando ainda menina. Ela se sentia muito feliz em poder compartilhar a alegria daqueles momentos de absorver a natureza!   ...E de conversar com as borboletas.
Ela mesma em sua solidão de criança, chegava a conclusão de que as flores estavam mais belas com aqueles raios de sol, toda aquela beleza era perfeita com o canto da passarada nas árvores...
O cheiro da comida caseira que despertavam-na dos sonhos era bem mais convidativo.
Porém a vontade de permancer naquele lugar... Era tanta! 
O chamado da sua mãe tinha que ser atendido quebrando a sintonia.  Estava sempre com um sorriso em seus lábios.
Era uma infância pobre e ao mesmo tempo rica,  na intensidade de vida fora dos tempos modernos.
Sem energia elétrica ainda e em noites sem luar, já cansada,  simples conversas faziam adormecer deitada pelo pátio com mais seis irmãos que de tão cansados da corrida atrás dos vagalumes, não ouviam mais as estórias de contos de fadas narradas pelo pai ou pela avó materna...
E as estrelas suas amigas, respondiam cada um dos seus sonhos irriquietos quando ela pensava.
- As borboletas, os pássaros e os vagalumes enfeitam a minha vida porque voam, por que são coloridos.
E assim ela dormia... Sem perceber que no futuro outros suaves e lindos voos, também acalentariam os seus sonhos de mulher adulta ... 

Liduina  do  Nascimento

 
               














































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Enviado por Liduina do Nascimento em 18/04/2014
Reeditado em 11/05/2016
Código do texto: T4774081
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