ALMA EM FRAGMENTOS
Fragmentos, pedaços soltos
espalhados ao vento.
São de minha alma
que se esvaiu em espaços
deixados pela grande solidão...
Hoje tento juntá-los, todos
e corro contra o tempo
para conseguir desfazê-los
do grande quebra-cabeça
que se tornaram.
Não sei se os colo,
se os prendo,
com linhas coloridas
fiadas nas agulhas
que ferem meus dedos
na angústia de conseguir
costurá-los...
Ah, os meus fragmentos,
finos cacos, soltos,
espalhados.
Será que voltarão a ser
uma alma?
Ou ficarão dispersos
entre saudades, lembranças
momentos que se foram
e que não voltam...
Tenho medo de que esse vazio
se espalhe
e eu me perca de mim mesma.
Depois,
onde irei me procurar?
A vida é fugidia, não será eterna
e juntar os cacos,
será o mesmo que
tentar me encontrar...