Re-sentir a intermitência
A sensação retorna...
A divisão assimétrica das minhas funcionalidades gera arritmia n'alma.
Me divide entre angústia e medo e
Meus músculos estalam como estirados pela roda alta
Da inquiescente impotência em ser um só.
O conjunto de minhas vitórias só é superado pela magnificência das apostas obrigatórias.
A nova convergência dos fatos me transfere uma dinâmica infecciosa,
Um distúrbio na noção espaço-tempo,
Uma inveja tênue dos que dormem...
Não durmo há anos.... há anos que nem durmo...
A sinistra incubadora de Hypnos me trata amorfo,
Sem ideia da forma ao deixar o invólucro.
Tento esquecer...
E minha mente teme a fuga. Não fujo há meses (211 dias)...
A consciência constrita pelas ações não deliberadas
É forçada a construir um labirinto de entidades mentais,
Esta espiral de Escher mantem a rotação imóvel do 'eu' que escreve.
Uma falsa sensação de equilíbrio...
E não consigo: pensar, sentir, fugir, criar, descer, piscar, entremear, grama, sexo, noite, elefantes brancos, barcos, cavalos, poemas, sono...
Há Mágika me consumindo - efeito colateral por enfrentar Somnos com as mãos nuas...