O TEMPO, A DISTÂNCIA E A SAUDADE...

Entre a distância e o tempo, o espaço percorrido pela saudade continua estreito e sem intervalo de segundos... Por isso mesmo, embora o tempo passado nos torne cada vez mais distantes no espaço vivido, a distância física inexiste quando o tempo e o espaço permanecem intactos na lembrança de nossos sentimentos... E quando ouvimos que o tempo passa e a distância nos faz esquecer, é bom lembrar sempre que o amor nunca morre, mas apenas adormece, para acordar quando a chama desse amor recebe, em forma de brisa suave, a mensagem química levada pela saudade que, sentida, o ajuda a despertar... Desta forma, o tempo passado se perde no espaço percorrido e a distância, entre a saudade e a paixão renascida, torna-se o alimento mais eficaz para a espera que o tempo precisa a fim de que a distância seja encurtada e o espaço já vivido tome de volta o seu lugar... Assim, quando chegar a hora de encurtarmos a distância que separa o corpo (de quem espera há bastante tempo) da alma (que permanece imaculada em seus sentimentos), o espaço a ser percorrido dar-se-á num tempo recorde e corpos e almas se unirão para comemorarem a volta do amor... Será então o melhor tempo para se viver o amor... Amor que ocupará, de novo, o seu espaço e junto com o desejo e a paixão, multiplicar-se-á em juras não cedendo mais espaço para a distância e o tempo das incertezas e da saudade...






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Raimundo Antonio de Souza Lopes
Enviado por Raimundo Antonio de Souza Lopes em 05/04/2014
Reeditado em 17/09/2014
Código do texto: T4757865
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