Ruminações à Porta-Ato 1
Nem as armadilhas de Bukowski
o maldito cão que ladra poemas.
Nem a sinfonia dos deuses, nem Hera.
Baudelaire e seu mal, nem Cazuza
Nem Renato Russo.
O que eu declaro não tem nome
é vil,árduo,amargo.
Nem a bondade da elite,
nem a dor dos pobres.
Nem Rubem Fonseca,
nem Elis,nem ninguém.
O poema que bate, bate a porta.
Nem Graciliano, nem Joyce.
Nem Machado nem Drummond,
Aqui vai um grito.
Grito do oprimido!
Nem o moderno, nem pós punk
nem beat,nem nefasto.
Pode ser São Jorge, pode ser Exú!"
Que seja Buda ou Allah.
Pode ser Krisnha,ou Hermes!
Mas não pode ser raro ou incógnito!
Primeiro Ato, ato único, ato poético.