TIC-TAC

Quando o sopro ecoa da essência, lhe resta a penas as lágrimas quentes que espalham pela face pálida.

Mas e se não houver lágrimas?

Calam-se os versos, mata-se a alma.

E mesmo que eu diga está tudo bem, o relógio não bate mais precisamente.

Não há mais como acerta-lo.

Talvez você me diga, compre um novo oras?

Eu sei, é o que eu deveria ter feito a muito tempo.

Mas não sei o que aconteceria com o velho?

E porque me importo?

Eu simplesmente não sei dizer...

Então permito a mim manchar a essência com todo o choro sem lágrimas e soluços.

E a prosa é essa mesma, sem rima e sem verso até que eu jogue o velho relógio pela janela junto com toda merda do seu tic-tac idiota.

Alma das Rosas
Enviado por Alma das Rosas em 04/04/2014
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