mística
Se a imensidão do universo
E a coisa mais bela de todas
O perfume de todas as rosas
A claridade de todas as cores
A multiplicidade de toda essência
Os tremores dos olhares
O balbuciar estranho dos lábios
A finalidade dos labores
Dos favores, da alma
Conseguissem ao menos
Muito pouco ou amiúde
Decifrar o que o olhar
O calar
O infinito suspirar
Da doce menina apaixonada
Talvez a poesia desses versos
Sumiria
A misticidade cessaria
Sucumbiria todo o encanto
Desalento e por fim desencanto
De estar apaixonado
De se descobrir amante
De se entregar sem medo
E se perder
E assim se encontrar mais que perdido
Menos que achado
Mas por um instante
Mero instante
O mais desejado das galáxias