Ansiedades

Neste ser, tão somente,

Que agora sente,

No corpo, na alma, na mente.

Afloram-se os medos, segredos,

Denuncia o coração, ao extravasar fortes emoções.

O aperto, náuseas,tensão, sensação, transpiração.

Exércitos em fadiga.

Alma desvalida, pedindo salvação.

Vou denunciar a todos os carrascos, o atroz.

Soltar gritos, brados

E no silêncio ouvir apenas a minha voz.

Quero ser tão somente eu,

Da forma que me fez o Criador.

Lançar-me-ei aos desafios, com muito ardor

Ainda que persista os sons estridentes entre a garganta, quero cantar,

Cultivar e colher flores, ainda que residam por entre os espinhos.

Semear o amor, conquistar amizades, manifestar gestos de carinho.

Vou seguir andando, ao que me leva até o alto das montanhas,

E se acaso prostrar-me, pela exaustão, necessitarei dos cuidados teus,

Mas não me carregues, e sim, conduza-me pelas mãos, a retornar aos sonhos meus.

Ansiedades que persistem, insistem, quando não há razão

É condenar-se a uma prisão perpétua, sob a escuridão.

Mesmo que o mundo desabe, quero agarrar-me ao menos a um pequeno torrão,

Das cinzas, me refazer, renascer, CRER's – SER,

Homem novo.

Joel Lima da Fonseca

Janaúba MG