Das lutas de cada dia

Quando faltam palavras as vezes recorro a outros textos, outras vidas, outras madrugadas, sentimentos passados de uma vida que as vezes passa é a gente nem vê, a gente briga esperando que a briga acabe, pra que? Pra vencer? Não há vencedor num jogo onde quem menos perde é quem sai menos ferido, essa luta de cada dia, luta de cada vida, tentando ser o melhor, o melhor não tenta ser, o melhor nem quer saber, o melhor, ou melhor o menor ainda é mais forte. O melhor mesmo é parar por aqui, mudar o rumo da prosa como diria minha avó, melhor mesmo é ser feliz e ponto.

E depois, a gente já tem tanto tempo, tanto motivo pra ser triste, pra se desacreditar, para se sentir só que hoje é difícil se ver perto de alguém, essa proximidade digital que te distância de quem tá perto, de quem mais precisa, que te esfria perto de um computador quente de tanto tempo ligado, que te deixa sem ver a luz do sol, a vida que passa lá fora, que te deixa preso, assim como seu muro alto.

Bom mesmo é poder editar, a gente muda uma coisa aqui, outra ali, coloca um sorriso onde não tem, um dia de sol onde só chove, queria eu mudar o mundo, ou que me sobrassem palavras e que elas viessem com calma, que pudemos ser ouvidas, gritadas, que fossem chegando cada vez mais perto de quem realmente interessa, porque quando essas pessoas me faltam, essas palavras já não fazem sentido

Paulo Victor Ribeiro
Enviado por Paulo Victor Ribeiro em 27/03/2014
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