DOCES LEMBRANÇAS AMARGAS

Respirei fundo

O ar seco, áspero, morto me queimou a garganta, os olhos transbordaram-se com violência, com se quisessem eles mesmos jogarem-se ao ar, acompanhados pelo grito mudo, que trancado no corpo, explode na alma

E a cólera contida nas vermelhas lágrimas, que rapidamente escorrem pelo rosto até a boca seca, juntando-se ao gosto amargo do passado sujo, que agora pesa no ventre, entorpecendo, envenenando o corpo, matando a alma noite a noite, traz a saudade dos céus, das brisas suaves, das delicadas asas, da grama verde, da doçura do mel, do barulho da água, da serenidade dos dias... da alegria da alma...

Eddie Lee
Enviado por Eddie Lee em 04/05/2007
Reeditado em 04/05/2007
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