QUEIMANDO AS ASAS EM TUA LUZ
Você é muita luz para minhas frágeis asas que se machucam constantemente ao rodopiar em vôos insanos, de êxtases nunca experimentados.
E eu sou uma mariposa qualquer, de um brejo qualquer, que um dia se aventurou mais para o alto e ficou pra sempre cativa de uma luz nunca antes vislumbrada em seus sonhos de quem se encantava com aquela refletida na água e com o luzento brilho dos grilos.
Jamais conseguirei fugir a essa intensidade, mesmo sentindo queimar-se a cada dia, um pouco de minhas asas.
E mesmo morrendo por tal amor alucinado, ainda assim terá valido a pena. Pois quem seria eu voando pelo brejo, inteira , mas, sem ti, voando inútil e incompleta?