NAS EMBOSCADAS DA VIDA

Nas emboscadas da vida, a cada tiro é um susto, não cicatrizo as feridas, nem tenho a vida de luxos, me mato para comer, o tal do sobreviver, é uma cadeia sem fim, no dia que for dispensado, logo serei sepultado, este é o enredo tristonho, enterram também meus sonhos, e eu fico olhando o horizonte, vendo o sol nascer e morrer, que o mundo vá se "fuder", chega de ser transeunte, me leve ó eternidade, me deixe nesta cidade, somente minhas carnes podres, para adubar novas vidas, aqui não tenho guaridas, meu pensar se quer me ouvem.

São as buscas que me levam ao amanhã, auxiliadas pelos sonhos desmedidos, quando as vezes desfaleço me falta o ânimo, um dos dois me reanima em plenos gritos, cada um com seu vasto entusiasmo, e mesmo sabendo que isto é um tiro no infinito, volto à arriscar-me pois ser inerte trás me conflitos.

É por ser um ignorante, que meu olhar é tristonho, porque nunca tenho sonhos, que redunde em coisa boa, quando a onça não me come, o corvo me sobre voa.

Hoje o amor esta de férias,vou referendar aos fatos, este mundo é uma miséria, só é bom para os carrapatos, hospedeiros de quem sangra, para alimentar aos fardos.