Triste felicidade!

Você devia ver o que vi, os lugares que fui, tinha uma vista tão bonita lá de cima, dava pra ver a cidade, parecia a cidade toda, todas aquelas luzes, todas aquelas almas com luzes acesas, você devia ter visto, parecia o topo do mundo, eu parecia um rei, parecia tão feliz, parecia que não tinha problemas.

O vento era diferente, a lua como sempre se mostrava cheia, dava pra imaginar tanta coisa, pensei que devia escrever tudo, que devia chegar e contar pra alguém, que devia acreditar mais nas coisas, pensem em dizer sim pra tudo, caramba, no que a gente pensa quando se estar bem? Eu consegui pensar tanto, pensei naquela sensação de frio que era sanada por vários pensamentos bons, por uma vibe que me fez gostar da vida.

Pensei em rir e em dançar, é eu não sei dançar, sei disso, mas se você visse o que vi, você também ia dançar, e no mais eu não estava me vendo, não estava sabendo assim como quase todo mundo ali.

As coisas mudam no fim, a história nem sempre é a melhor, você deveria ver, estava voltando pra casa, estava tão bem, me roubaram, calma, eu to bem, to sem conseguir acreditar, roubaram tanta coisa, levaram quase tudo, esperança, vontade de mudar o mundo, vontade dela creditar, mudaram minha cabeça, mudaram minha capacidade de andar na rua sem de segundo em segundo verificar os bolsos, verificar a mente, verificar em volta, roubaram tanto, roubaram a paz, o sorriso eles não conseguiram, lembrei de trocar de bolso, lembrei de colocar junto com a promessa que fiz de nunca me lamentar, de sempre ver da melhor forma, mesmo que não tenha, mesmo que eu não tenha mais motivos para acreditar, é ao menos não me roubaram tudo, tenho que correr, tem tanto trabalho para recuperar tudo.

Paulo Victor Ribeiro
Enviado por Paulo Victor Ribeiro em 23/03/2014
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