Algumas vezes ele me procura, semelhante macho no cio, noutras vezes esgueira-se covardemente, com o coração gélido e vazio.
Ele acredita que temos a eternidade para brincar de esconde-esconde e que eu, continuarei sendo a onda que bate e ele a imponente muralha cheia de fissuras.
Ele esquece que não me deu direitos e que coube a ele escolher outros atalhos.
Foge, foge e foge. De tanto ele escapar, já nem quero mais que ele volte, apenas para me subjugar.
Então, outras vezes ele me liga com aquelas promessas falsas que já estou acostumada. Como acreditar que ele sente minha falta?Que me deseja e que não vai continuar me
ignorando como sempre fez, justamente no momento que havia desistido de existir?
Homem de fases que ora me diz querer, ora sacia os desejos em outros abraços. Imploro:
Se for para continuar partindo, deixe-me no anônimato, pois já tenho me resignado com sua felicidade e aceito não significar nada.
Lembre-se apenas, que as poetisas divagam nos livros e quando você estiver no epílogo, prestes a me assumir para ti, eu estarei enclausurada, no portal do Era uma vez.
Quem sabe até em outros braços.