Verdades Repetidas

Verdades repetidas pelo mundo

Não devem ser minhas verdades

Se as minhas verdades ainda estão no desabrochar...

No desabrochar de mim no contexto social voraz.

Eu tento cercar-me de fantasias confortáveis

E procuro a desculpa de ainda ser aprendiz

Para namorar mais o mundo,antes de comprometer-me com ele e mergulhar em suas nuances.

O que eu devo restringir? O que eu devo delimitar?

O que eu devo desenhar para os meus sonhos e deleitar-me nos alentos de que a verdade é fuga perdida...

Fuga perdida pois há ainda correntes nos pés

Fuga perdida pois ainda há véu em nossas palavras

E o hábito de mascarar com o sistema teimoso em unificar.

Mas,unificar o quê ou quem?...

Como unificar almas e desejos para deixá-lo em uma linha estática e impenetrável?

Como unificar meus brios aos seus, se nossos calores e frios são completamente diferentes?

Verdades repetidas pelo mundo não podem me tocar...

Eu quero moldar-me pelo o quê eu sinto,pelo o quê eu vejo,pelo o quê eu falo e ouço,pelo o quê eu vivo e que

Vem diretamente na camada fina de minha pele e que me direciona as minhas palavras sufocadas

Pela imposição banal do homo.

Eu quero descobrir-me além do homo e testar a Metamorfose Ambulante que um tal Raul cantou por aí...

Eu quero ter o direito da pureza de descobertas e saborear caminhos pré-julgados duvidosos.

A tua verdade,eu agradeço por não ser a minha...

E a minha verdade não me aprisiona aos anseios do homem

E nem me obriga ser as suas expectativas,que pairam o tempo todo na sua mente.

E agora, permita-me pontuar com alguns conselhos:

Desfaça-se das dores

Renove seus amores

Livre-se dos estigmas e dos padrões

Perca as suas verdades.

___Charlene Santos___

Charlene Santos
Enviado por Charlene Santos em 22/03/2014
Código do texto: T4739945
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